terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Procurando Nemo




Olá,

Quem teve a oportunidade de assistir a essa bela produção Disney/Pixar e teve neurônios suficientes para perceber a moral da história, vai entender esta postagem.
Ao perceber que sua esposa morreu e que, das mutíssimas ovas de peixe que ela havia posto só sobrou uma, Marlin, o papai peixe-palhaço superprotege o filhote (Nemo), prometendo que nada iria acontecer com ele. Avançando no filme, ele conhece Dory, um simpático peixe-fêmea com problema de memória, que comenta com Marlin que acha estranho esse tipo de promessa, porque: se não quer que NADA aconteça com seu filho, NADA vai acontecer com ele...
Meu mano de coração postou no blog dele um texto sobre maturidade que me fez refletir e que me motivou a escrever. Hoje, olhando para trás, percebo a enormidade de percalços pelos quais já passei e tenho a consciência de que não será diferente daqui para frente. Me orgulho do que fiz, perdoo as minhas próprias falhas, comemoro minhas conquistas, e sigo meu caminho. Uma das coisas que muda com a maturidade é a capacidade de sofrer menos (ou não sofrer). Outra coisa é a capacidade de prever situações desagradáveis, que não estão diretamente alinhadas com o que queremos, e poder evitá-las pois, pela experiência que os anos trazem, podemos saber que as consequências serão igualmente ruins, é o poder de decisão que o "kit maturidade" nos traz.
Sei que é utópica a situação proposta pelo pai do Nemo de querer "protegê-lo" do mundo já que, na verdade, ele estaria privando-o de situações de crescimento – e nem todas elas têm piso de porcelanato, ar condicionado, vista para o mar, poço artesiano, mordomo e garagem para 3 carros. Comentei no blog do Antônio que aprender dói, mas vale a pena!
Eu é que não quero para mim uma "quase" vida. Prefiro que venha na íntegra, sujeita inclusive a intemperismo extremo, mas que permita que eu deixe também minha assinatura por onde eu passe. Que venham os leões!