quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Mais uma reflexão...

Olá!

Em tempos de reclamar de tudo, este texto serve como um lembrete de que temos tudo o que precisamos e que podemos fazer muuuuuito mais...

Grande abraço a todos e bom findi!



O velho mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o mestre.
- Ruim - disse o aprendiz.

O mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água. Enquanto a água corria do queixo do jovem o mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? - perguntou o mestre.
- Não - disse o jovem.

O mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.

Em outras palavras:
É deixar de ser copo para tornar-se um lago.

(Pensamento Zen-Budista)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Quem dobrou teu pára-quedas?

Repassando um texto que recebi por e-mail.
Vale a pena ser lido, apesar de manjado.

Boa semana a todos!



Charles Plumb era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã. Depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil. Plumb saltou de pára-quedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte - vietnamita. Ao retornar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na prisão.

Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem:
- "Olá, você é Charles Plumb, era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é mesmo?"
- "Sim, como sabe?", perguntou Plumb.
- "Era eu quem dobrava o seu pára-quedas. Parece que funcionou bem, não é verdade?"

Plumb quase se afogou de surpresa e com muita gratidão respondeu: - "Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje."

Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, pensando e perguntando-se: - "Quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe disse Bom Dia? Eu era um piloto arrogante e ele um simples marinheiro."

Pensou também nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários pára-quedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia.

Agora, Plumb inicia suas palestras perguntando à sua platéia: - "Quem dobrou teu pára-quedas hoje?".

Todos temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante. Precisamos de muitos pára-quedas durante o dia: um físico, um emocional, um mental e até um espiritual. Às vezes, nos desafios que a vida nos apresenta diariamente, perdemos de vista o que é verdadeiramente importante e as pessoas que nos salvam no momento oportuno sem que lhes tenhamos pedido. Deixamos de saudar, de agradecer, de felicitar alguém, ou ainda simplesmente de dizer algo amável. Hoje, esta semana, este ano, cada dia, procura dar-te conta de quem prepara teu pára-quedas, e agradece-lhe. Ainda que não tenhas nada de importante a dizer, envia esta mensagem a quem fez isto alguma vez. E manda-a também aos que não o fizeram.

As pessoas ao teu redor notarão esse gesto, e te retribuirão preparando teu pára-quedas com esse mesmo afeto. Todos precisamos uns dos outros, por isso, mostra-lhes tua gratidão. Às vezes as coisas mais importantes da vida dependem apenas de ações simples. Só um telefonema, um sorriso, um agradecimento, um Gosto de Você, um parabéns... Simplesmente você é 10!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Oie....

Apenas para quebrar o jejum de postar e mentalizar coisas boas...



Para obter algo que você nunca teve, precisa fazer algo que nunca fez.
Quando Deus tira algo de você, Ele não está punindo-o, mas apenas abrindo suas mãos para receber algo melhor.
A Vontade de Deus nunca irá levá-lo aonde a Graça de Deus não possa protegê-lo.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Paradoxo do nosso tempo na história

Olá!

Estou vivo e, só pra ser "variar", cheio de coisas pra fazer.
Bem feito, né? Quem mandou ser tão metido e curioso?
Mas, como diz aquele poema "cada um no seu quadrado..."

Sigo meu caminho e deixo a vocês um texto que já conheço há uns dois anos, mas que pertence à lista de coisas que têm prazo de validade indeterminado...

Incluo minha humilde pessoa no rol das que precisam dedicar mais tempo às relações humanas.
Leiam, é reflexão pura do início ao fim.

Um grande abraço e uma ótima semana!



O Paradoxo do Nosso Tempo na História

("The Paradox of Our Time in History" - George Carl)

O paradoxo do nosso tempo na história é que temos prédios mais altos, mas temperamentos mais curtos; freeways mais largas, mas pontos de vista mais estreitos; gastamos mais, mas temos menos; compramos mais, mas aproveitamos menos.

Temos casas maiores e famílias menores; mais conveniências, mas menos tempo; temos mais graus acadêmicos, mas menos senso; mais conhecimento, mas menos poder de julgamento; mais expertos, mas mais problemas; mais medicina, mas menos bem-estar.

Bebemos demais, fumamos demais, gastamos inconseqüentemente, rimos pouco, dirigimos muito depressa, ficamos bravos muito rapidamente, ficamos acordados até muito tarde, acordamos muito cansados, lemos pouco, assistimos TV demais, e rezamos raramente.

Multiplicamos nossas posses, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente, e odiamos muito freqüentemente. Aprendemos como ganhar a vida, mas não a viver; adicionamos anos à vida, mas não vida aos anos.

Fomos à lua e voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e conhecer o novo vizinho. Conquistamos o espaço lá fora, mas não o aqui de dentro; fazemos coisas maiores, mas não melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; explodimos o átomo, mas não nosso preconceito.

Escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a correr, mas não a esperar; temos maiores rendimentos, mas menos padrão moral; temos mais comida, mas menos apaziguamento; construímos mais computadores para armazenar mais informação para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação; tivemos avanços em quantidade, mas retrocessos em qualidade.

Esses são tempos de comidas rápidas e digestão lenta; homens altos, de caráter baixo; lucros expressivos, e relacionamentos rasos. Esses são tempos de paz mundial, mas guerra doméstica; mais lazer, mas menos diversão; mais tipos de comida, mas menos nutrição.

Esses são tempos de duas fontes de renda, mas mais divórcios; de casas maravilhosas, mas lares destruídos. Esses são tempos de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade irrelevante, “uma só noite”, corpos acima do peso, e pílulas capazes de fazer de tudo, desde alegrar, a acalmar, a matar.

Este é um tempo em que há muito na vitrine e nada no estoque; um tempo onde a tecnologia pode trazer esta carta até você, e um tempo em que você pode escolher entre, fazer a diferença, ou apenas apertar “delete”...

domingo, 20 de julho de 2008

Aos meus amigos!

Embora não conheça a autoria, é um dos mais belos textos sobre este nobre sentimento que eu já li. Dedicado a todos os meus amigos, os de perto, os de longe, os de todo dia e os de de vez em quando.
Sintam-se abraçados pelos meus quase dois metros de envergadura!

Feliz dia do amigo!



"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto
e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências... A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade,
não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu oro pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.

Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente, os que só desconfiam - ou talvez nunca vão saber - que são meus amigos!

A gente não faz amigos, reconhece-os."

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Letra linda...

Olá!

Para deixá-los a par de algumas coisas que estão dilapidando o meu valiosíssimo tempo...
Lembrando-os de que tenho 3 empregos... isso pos si só justifica muita coisa.
Estou me desligando de um deles, encerro minhas atividades lá no final de julho.
Enquanto esse tempo não chega, estarei com sobrecarga de trabalho, cobrindo ausência de um chefe (que por sorte é um baita amigo) em viagem à Europa.
Meu curso de pós-graduação começa na metade de julho.
Juntando os conceitos relacionados à resistência dos materiais aplicados à psicologia de RESILIÊNCIA (resistência ao impacto) e DUREZA (resistência ao risco), só me resta ser duro e resiliente neste período. Prometo a vocês que sobrevivo!

A música que deixo não tem nada a ver com tempo.
É uma bela música, composta pela junção de uma melodia levíssima com uma letra pra lá de sacana... baixaria poética de primeiríssima qualidade escrita pelos irmãos gaúchos Keiton e Kledir.

Um abraço!



PAIXÃO

[Kleiton e Kledir Ramil]

Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar...

Ser feliz é tudo que se quer
Ah! Esse maldito fecheclair
De repente
A gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar...

Depois do terceiro
Ou quarto copo
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier, vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim
Nem por ninguém...

Não quero ficar na tua vida
Como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúme
E se encharca de perfume
Faz que tenta se matar...

Vou ficar até o fim do dia
Decorando tua geografia
E essa aventura
Em carne e osso
Deixa marcas no pescoço
Faz a gente levitar...

Tens um não sei que
De paraíso
E o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Olá!!!!

Não, não morri.
Também não estou de quarentena por uma doença altamente contagiosa.
Infelizmente ainda não estou de férias curtindo uma viagem.
Nem estive recluso em um templo meditando pela paz mundial.

Estive, ainda estou e continuarei muitíssimo ocupado.
Depois que o cataclisma terminar eu explico tudo.

Por hora saibam que estou vivo.
E sempre na peleja!

Deixo a letra de uma música da banda de rock gaúcha "Cidadão Quem".
Um abraço e bom findi!



O amanhã colorido

[Duca Leindecker]

Olha a luz que brilha de manhã
Saiba quanto tempo estive aqui
Esperando pra te ver sorrir
Pra poder seguir
Lembre que hoje vai ter pôr-do-sol
Esqueça o que falei sobre sair
Corra muito além da escuridão
E corra, corra...

Não desista de quem desistiu
Do amor que move tudo aqui
Jogue bola, cante uma canção
Aperte a minha mão
Quebre o pé, descubra um ideal
Saiba que é preciso amar você
Não esqueça que estarei aqui
E corra, corra...

Azul, vermelho
Pelo espelho a vida vai passar
E o tempo está
No pensamento

Olha a luz que brilha de manhã
Saiba quanto tempo estive aqui
Esperando pra te ver sorrir
Pra poder seguir
Lembre que hoje vai ter pôr-do-sol
Esqueça o que falei sobre sair
Corra muito além da escuridão
E corra, corra...

Azul, vermelho
Pelo espelho a vida vai passar
E o tempo está
No pensamento...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Pôr-do-sol

Olá!!!

Hoje posto aqui uma música com uma letra meio meditativa... que fala do ócio, da preguiça, do amor, do carinho, e a imagem que me vem (acho que é essa a intenção do autor) é a de estar em uma roda de amigos curtindo o pôr-do-sol (a hora do dia que eu mais aprecio) num bar à beira da praia...


Pensem que momento maravilhoso... isso sim é uma "happy hour"...

Um abraço!




Fotografia
(Leoni/Leo Jaime)

Hoje o mar faz onda feito criança
No balanço calmo a gente descansa
Nessas horas dorme longe a lembrança
De ser feliz

Quando a tarde toma a gente nos braços
Sopra um vento que dissolve o cansaço
É o avesso do esforço que eu faço
Pra ser feliz

O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.

Quando as sombras vão ficando compridas
Enchendo a casa de silêncio e preguiça
Nessas horas é que Deus deixa pistas
Pra eu ser feliz

E quando o dia não passar de um retrato
Colorindo de saudade o meu quarto
Só aí vou ter certeza de fato
Que eu fui feliz

O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia

As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

A volta dos que não foram

Olá!!!

Depois de quase um mês sem postar retomei este blog.
Estive atribulado com questões de trabalho, a porcaria desde computador que teima e não funcionar bem (mesmo tendo retornado há menos de 2 semanas da assistência técnica), novos projetos com o coro, aula de Libras em Porto Alegre, alguns dias na praia e também a construção do blog do departamento social da escola onde leciono.

Escolhi, como de praxe, um texto para ser postado.
Este aqui eu recebi por email há alguns anos (ele vinha acompanhado da música "New York, New York"...), nessas voltas que a internet nos dá, recebi-o novamente na semana passada e hoje estou dividindo-o com vocês.

Bom feriadão pra quem pode e bom dia de trabalho amanhã pros escravos como eu!
Abraços!



FELICIDADE REALISTA
[Martha Medeiros]

De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par, e não como ímpares? Ter um parceiro constante não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo às expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

domingo, 6 de abril de 2008

Os leitores freqüentes deste blog perceberam que há algum tempo deixei de postar... mas não foi por maldade ou descaso e sim por absoluta falta de tempo...

Deixo a vocês uma mensagem do nosso grande Shakespeare.

Abraços a todos e boa semana!


"Perguntei a um sábio ,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas ,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração."

[William Shakespeare]

sexta-feira, 14 de março de 2008

Mensagem para reflexão...


Alemanha - Inicio do século 20

Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:
“Deus criou tudo o que existe?"

Um aluno respondeu com grande certeza:
-Sim, Ele criou!

-Deus criou tudo?
Perguntou novamente o professor.

-Sim senhor, respondeu o jovem.

O professor indagou:
-Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?

O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo.

Outro estudante levantou a mão e disse:
-Posso fazer uma pergunta, professor?
-Lógico, foi a resposta do professor.

O jovem ficou de pé e perguntou:
-Professor, o frio existe?
-Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?

Com uma certa imponência rapaz respondeu:
-De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.

-E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
O professor respondeu temendo a continuação do estudante: Existe!

O estudante respondeu:
-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não!

Continuou:
-Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.
Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.

Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
-Senhor, o mal existe?

Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu:
-Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!

Com um sorriso no rosto o estudante respondeu:
-O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.

Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado… Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?

E ele respondeu:
ALBERT EINSTEIN, senhor!

sábado, 8 de março de 2008

Muitas coisas...

Olá!

O dia promete:

- Fiz minha declaração do IR e fiquei menos trste porque, ao menos, não vou precisar pagar mais impostos... mas consegui restituir apenas uma pequeníssima parte do que foi mordido pelo leãozinho...

- Reunião na escola para os pais de alunos surdos: muitas coisas, parte pedagógica, etc., etc., et.c, até aí tudo normal. O diferente foi que na segunda parte da reunião, onde dividiram os pais em dois grupos conforme as séries de seus filhos, a única intérprete era a professora que coordenaria aquela parte da reunião... e falar para uma platéia de ouvintes e surdos misturados é uma tarefa bem complicada... e quem foi o intérprete? EU! Nossa, fiquei nervoso... foi algo bem diferente, porque tinha alunos surdos que não me conheciam e pais que também não me conheciam... certamente alguns deles dominavam mais a língua de sinais do que eu, mas me resignei a frases simples, muita datilogia, alguma leitura labial e a coisa aconteceu... valeu como aprendizado!

- Fui buscar meu violão novo! Conforme alguns de vocês já sabem, o violão que eu uso pertence a outra pessoa e sua devolução foi solicitada... pois me indignei e comprei um violão novo! A estréia dele ocorrerá em breve!

- Apresentação do coro com a orquestra: hoje o coro irá fazer uma participação durante a apresentação da orquestra municipal de sopros. Nada de grave, mas lembramos que os ensaios começaram na semana retrasada e já temos apresentações sendo marcadas.

- Dia Internacional da Mulher: estes seres incomparáveis e luminosos que fazem parte da nossas vidas embelezando-as merecem nosso carinho, respeito e admiração. A Martha Medeiros escreveu alguns textos anos atrás, um sobre o mulherão que, segundo ela não é quem é linda de morrer, mas aquela que mata um leão por dia e outro sobre o homão, que é aquele que respeita, compreende e ajuda a mulher. Mas esses vocês acham na internet facilmente.
A mensagem que deixo a vocês é mais poética, pois o dia pede.

Um beijo carinhoso às mulheres e um abraço (ou beijo também, pois não diminui a masculinidade) aos homens que valorizam estas criaturas maravilhosas!


O HOMEM E A MULHER
[Victor Hugo]

O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.
O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.

segunda-feira, 3 de março de 2008

Romeu e Julieta

Olá!

Pra desopilar na segunda-feira, um texto bem tri do nosso gaúcho Luís Fernando Veríssimo.
Boa semana a todos!

Um abraço!



A VERDADE

Sabem porque Romeu e Julieta são ícones do amor?

São falados e lembrados, atravessaram os séculos incólumes no tempo, se instalando no mundo de hoje como casal modelo de amor eterno?

Porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora. Senão provavelmente Romeu estaria hoje com a Manoela e Julieta com o Ricardão.

Romeu nunca traiu a Julieta numa balada com uma loira linda e siliconada motivado pelo impulso do álcool. Julieta nunca ficou 5 horas seguidas esperando Romeu, fumando um cigarro atrás do outro, ligando incessantemente para o celular dele que estava desligado.

Romeu não disse para Julieta que a amava, que ela era especial e depois sumiu por semanas. Julieta não teve a oportunidade de mostrar para ele o quanto ficava insuportável na TPM.

Romeu não saía sexta-feira à noite para jogar futebol com os amigos e só voltava as 6:00h da manhã bêbado e com um sutiã perdido no meio da jaqueta (que não era da Julieta). Julieta não teve filhos, engordou, ficou cheia de estrias e celulite e histérica com muita coisa para fazer.

Romeu não disse para Julieta que precisava de um tempo, que estava confuso, querendo na verdade curtir a vida e que ainda era muito novo para se envolver definitivamente com alguém. Julieta não tinha um ex-namorado em quem ela sempre pensava ficando por horas distante, deixando Romeu com a pulga atrás da orelha.

Romeu nunca deixou de mandar flores para Julieta no dia dos namorados alegando estar sem dinheiro. Julieta nunca tomou um porre fenomenal e num momento de descontrole bateu na cara do Romeu no meio de um bar lotado.

Romeu nunca duvidou da virgindade da Julieta. Julieta nunca ficou com o melhor amigo de Romeu.

Romeu nunca foi numa despedida de solteiro com os amigos num prostíbulo. Julieta nunca teve uma crise de ciúme achando que Romeu estava dando mole para uma amiga dela.

Romeu nunca disse para Julieta que na verdade só queria sexo e não um relacionamento sério, ela deve ter confundido as coisas. Julieta nunca cortou dois dedos de cabelo e depois teve uma crise porque Romeu não percebeu a mudança.

Romeu não tinha uma ex-mulher que infernizava a vida da Julieta. Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça e virou para o lado e dormiu.

Romeu nunca chegou para buscar a Julieta com aquela camisa xadrez horrível de manga curta e um sapato para lá de ultrapassado, deixando-a sem saber onde enfiar a cara de vergonha...

Por essas e por outras que eles morreram se amando...

[Luis Fernando Veríssimo]

domingo, 2 de março de 2008

Mais um post em louvor aos meus amigos

Não canso de dizer que os meus amigos são o que me motivam a seguir em frente.
Eles são meu porto seguro, meu oásis e meu recanto onde recarrego minhas baterias, me divirto, compartilho idéias, desabafo, ouço, falo, vejo e leio nas entrelinhas.
E agradeço a Deus pela grandiosidade das pessoas que passam pela minha vida sendo meus amigos.
Muito obrigado!

Um baita abraço!


"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.

A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.

Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!"

[Paulo Sant'Ana]

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Meus amigos!

Olá!

Num período meio nebuloso que passo, resolvendo conflitos internos e externos, deixo a vocês um texto que trata do mais nobre dos sentimentos: a amizade.
Mais do que paixões e amores, tenho em meus amigos o meu oásis, o meu porto seguro.
Agradeço a Deus por cada um deles e pela importância que eles têm na minha vida, cada um da sua maneira.

Um baita abraço!


ENTRE AMIGOS
[Martha Medeiros, ZH, 12 de abril de 1999]

Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.

Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo construído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos.

Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.

Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.

Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o réveillon.

Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.

Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.

Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Tempo afora

Meus caros amigos!

Em tempos de ter pouco tempo, deixo a letra de uma música interpretada por Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede, chamada Tempo Afora.

Abraço a todos!




TEMPO AFORA

[Fred Martins / Marcelo Diniz]


Onde mora a ternura,

onde a chuva me alaga,

onde a água mole perfura,

dura pedra da mágoa,

eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora,

eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.

Quando o carinho acontece, quando a garoa é macia,

e se cura e se esquece,

a dor num canto vazio,

eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora,

eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.

Onde a alma se lava,

aonde o corpo me leva,

onde a calma se espalha,

onde o porto me espelha,

eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora,

eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.

Quando me lembro de tudo, quando me visto de nada,

e me chove e descubro,

quanto você me esperava

eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora,

eu tenho o tempo do mundo, tenho o mundo afora.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Mais uma tira filosófica

Bah... essa história de trabalhar direto 3 turnos e ainda atacar de Maria em casa (e ainda ter tempo pra tomar uma no boteco com os amigos e manter atualizados Orkut, blog e caixa de emails) ainda não terminou comigo, mas o cansaço me deixa muito filosófico...
Aproveitando o ensejo, deixo a vocês mais uma tira para meditação. Desta vez não é o Calvin, trata-se de uma tira da Mafalda, personagem do cartunista argentino Quino.
Ela e o Calvin são bem diferentes nos seus estilos e maneiras de pensar, mas definitivamente essas duas crianças são prodígios...

Boa reflexão!
Um abraço!


(Clique na imagem para ampliá-la)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

AMOR É PROSA, SEXO É POESIA

Olha, o Arnaldo Jabor não leva meu cérebro pra onde ele quer, acho o cara um ótimo agitador, que pode dar aquela sacudida necessária para que caiam os frutos podres das nossas árvores de trabalho, vida pessoal, estudos, hábitos, além de política, economia, governos, etc., mas obviamente não concordo com tudo o que ele escreve.

Também não tenho por hábito fomentar debates acalorados sobre qualquer interesse mas, se entro num deles, mergulho de cabeça e defendo minhas idéias com todos os meus argumentos!

No texto abaixo, o Jabor fala sobre amor e sexo. Eu não sei se a música da Rita Lee veio antes, depois ou se foi lançada mais ou menos junto com este texto (que pertence ao livro de crônicas homônimo, escrito pelo autor), mas mesmo não concordando com tudo o que ele traz, acho válido publicá-lo na íntegra e deixar cada um tirar suas próprias conclusões acerca de questões de foro tão íntimo, pessoal e privado...

Um abraço!



AMOR É PROSA, SEXO É POESIA
[Arnaldo Jabor]

Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon:
- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.
- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.
- Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...
Uma delas (solteira e lírica) me diz:
- Sexo e amor são a mesma coisa...
A outra (casada e prática) retruca:
- Não são a mesma coisa não...
Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão a posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O mundo é assim

Olá!!!

Neste começo de semana, deixo a vocês a letra e as cifras de um samba da Velha Guarda da Portela (por uma incompatibilidade de formatação, as cifras não estão sobre os locais certos, mas virem-se, é tri barbada...).
Letra simples, mensagem simples, mas nunca é demais lembrar que o tempo é algo que não volta para trás e que precisamos aproveitá-lo vivendo muito!

Um abração!




O MUNDO É ASSIM
[Velha Guarda da Portela]

Intro: Dm / E7(#9) / Am / Am / Am /E7 Am / E7

Am G7
O dia se renova todo dia
G#° Am E7
Eu envelheço cada dia e cada mês
Am Dm Dm6
O mundo passa por mim todos os dias
Am E7 Am (E7)
Enquanto eu passo pelo mundo uma vez

A F#7 Bm
A natureza é perfeita
E7 A A7
Não há quem possa duvidar
Dm Am
A noite é o dia que dorme
B7 E7
O dia é a noite ao despertar

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Pra variar, muitas coisas

Olá meus amigos!

Meu final de semana foi bem agitado, pra variar...

Tudo começou muito bem...
Depois de devolver os pratos da bateria e um violão na filial da escola de música onde trabalho, voltei para casa tomei um banho e saí para jogar conversa fora com um grupo de amigos que decidiu se reunir num bar. Tudo muito bem até aí... Ocorre que ao sair do estabelecimento em questão, o meu carro simplesmente não pegou... depois de várias tentativas, estacionei o carro numa rua próxima ao local onde estava e acionei o seguro. Menos de 30 minutos depois, o guincho chegou e passou a transportar meu automóvel consigo e dessa forma cheguei em casa...
Identificada a pane elétrica, naquela noite mesmo entrei em contato com meu amigo que providenciou a instalação do meu alarme e pedi socorro!
O ilustre cidadão estava pontualmente às 8h do sábado em frente ao prédio onde moro (detalhe, eu acordei às 3h da madrugada para levar minha mãe, que estava de malas prontas para viajar, até a agência de turismo, local de embarque) e arrumou o que podia mas, que triste, minha bateria decretou estado de falência... e precisei comprar uma bateria nova (e amanhã de manhã estarei lá na loja do meu amigo para arrumar o que falta)...

Diretamente da loja onde comprei a bateria, fui para a escola onde trabalho em Sapiranga, porque combinei com a colega professora de biologia que faríamos a faxina no laboratório da escola. E assim fizemos, organizamos, separamos coisas, jogamos coisas fora e deixamos o espaço habitável e perfeitamente passível de utilização.

Emendei da escola para a casa da minha irmã para filar uma bóia maravilhosa que ela fez para o almoço e aproveitei para pôr as conversas em dia...

Voltei para casa e dormi benditos 45 minutos... absolutamente necssários para minha sobreviência... acordei, tomei um baita banho, separei uma tonelada e meia de material de educação musical e fui lá na filial da escola de música buscar dois colegas para um bate-papo na casa de um deles com vistas a elaborar o esqueleto de alguns cursos do tipo workshop que ministraremos juntos. A conversa durou até as 19h... adorei o papo e o trabalho fluiu maravilhosamente bem! Já é um sinal de que vai dar certo!

Passei na locadora, peguei um filme, voltei pra casa, troquei de roupa, peguei o violão e fui, junto com uma amiga, até uma loja de fast-food para comprarmos as esfihas que seriam o cardápio da janta com amigos que ocorreria na seqüencia na casa do Marquinhos. Depois de comer, assistir o filme, cantar, jogar conversa fora e jogar Imagem e Ação, fui embora lá pelas 4h da manhã.

Achei por bem me dar o direito de dormir até tarde e não programar o despertador... Acordei as 11h30 bem melhor... Liguei o computador e fui resolver algumas questões pendentes, cansei logo nos primeiros 30 minutos e decidi ir almoçar... Ao voltar as coisas fluíram de maneira mais tranqüila e, ao terminar o que devia, me dei o direito de dormir mais uns minutos... Depois de acordar e trocar de roupa, fui até um bar conversar com um grupo de amigos que tinha decidido sair. O grupo se reduziu a uma amiga e eu, e mesmo assim, foi ótimo.



E é isso, dentro da minha agenda louca, acho tempo pra trabalhar e me divertir, pois afinal de contas, também sou filho de Deus!

Hoje, ao invés de mensagem, deixo a vocês o link que fala de um projeto de lei que está em votação que tornaria obrigatório o ensino de música nas escolas. Peço a gentileza de entrarem, participarem do abaixo-assinado e, se for possível, passarem essa informação adiante.

Quero Educação Musical na Escola!

Um abraço e bom início de semana a todos!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Por que somos assim...

Olá!

Nesta antevéspera de final de semana, minha reflexão parte de uma tira do Calvin.

Um abraço!

(Clique na figura para ampliá-la)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Esquindô, esquindô!

Feliz ano-novo!!!

Apesar de não acreditar nessa bobagem de que o ano-novo começa só depois do carnaval, desejo a todos um ótimo ano!

Olha, neste feriado de carnaval fiz tanta coisa...

- Fiquei em casa na sexta, mas trabalhei de madrugada fazendo algumas coisas para as escolas onde trabalho e a produtividade foi ótima.
- Dormi muuuito no sábado, fui na locadora, peguei 4 filmes, assisti 3 deles na casa do Marquinhos, mas não consegui assistir o último...
- Domingo de tarde acabei indo pra praia, fiquei de papo na casa onde estão alguns amigos e só então fui até o destino pré-estabelecido que era o hotel onde minha irmã e meu cunhado estavam hospedados.
- Fomos bater perna no domingo de carnaval e, como exímio folião que sou, não levei nenhuma fantasia e não fui a nenhuma festa. Curtimos o centro de Capão da Canoa e acabamos a noite comendo cachorro-quente sentados bem felizes no cordão da calçada.
- Deu praia na segunda feira. No início da manhã achei que seria necessário um cobertor, porque o sol estava indeciso, mas o vento não... Depois abriu sol e mesmo com protetor solar e guarda-sol, acho que consegui tirar um pouco da minha cor de papel (clorado, of course), reduzindo a evidência do meu "bronzeado tipo escritório".
- Felizmente é carnaval e as pessoas nem notam, entre tantas vestimentas, digamos, extravagantes, que havia uma série de manchas rosas na minha camiseta (limpa, vestida após o banho, menos de meia hora antes) oriundas de um pedaço de beterraba que se desequilibrou do prato e decidiu utilizar minha camiseta como rede de proteção...
- Fomos passear em Tramandaí à tarde e encontramos minha mãe, que se juntou a nós no passeio.
- À noite teve reunião com violão e tudo mais na casa de uma colega do coro. Éramos umas 12 pessoas, ficamos de papo até altas horas e até fizemos serenata depois... muito tri.
- Dormi maravilhosamente bem, como em todas as noites em que fez frio nos últimos dias.
- Acordamos cedo (9h da manhã no carnaval é cedo, né?), tomamos café e viemos embora antes do entrevero no trânsito, comum durante a tarde...
- Dormi quase a tarde toda, e foi muito bom... bom, dormir é uma arte, né? E eu sou um ótimo artista!

Deixo pra vocês a minha marchinha de carnaval favorita, acompanhada da foto do elemento mais lindo de qualquer escola de samba: a porta-bandeira! E é a porta-bandeira da Portela, uma escola que eu admiro e que, ainda por cima, tem azul e branco como cores...

Um abraço!



Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô

Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara

Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que rezar
Allah! allah! allah, meu bom allah!
Mande água pra ioiô
Mande água pra iaiá
Allah! meu bom allah

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

O que fiz para me sentir orgulhoso?

Olá!!!

Sem ser invejoso, ao comentar o blog do meu amigo irmão Antônio (catem o link por aí) me veio uma torrente de pensamentos (ele sempre faz um balanço do mês, acho isso muito legal, mas não tenho paciência para fazer a mesma coisa...), sobre coisas que fazemos e de como essas coisas podem me ajudar ou ajudar outros, que é na verdade uma reflexão que faço diariamente, um exercício de auto-ajuda e de auto-superação.
Benjamin Franklin escreveu "The Art of Virtue", uma série de princípios que, mesmo escritos alguns séculos atrás, ainda são atuais e que servem como guia para nortear as vidas das pessoas que querem melhorar suas vidas. Lembro-me que são 7 princípios, mas não me lembro mais quais são.
O que me lembro é que além de saber todos eles e suas finalidades, deveríamos nos perguntar no início do dia "O que posso fazer melhor do que ontem? / O que posso fazer para melhorar quem eu sou?" e, ao fim do dia, deveríamos nos perguntar: "O que fiz hoje melhor do que ontem? / O que fiz hoje para melhorar quem eu sou?".

Isso tudo veio ao encontro do que diz a letra de uma belíssima música da cantora britânica Heather Small (vocalista do M People) chamada Proud, cujo refrão pergunta: "O que você fez hoje que lhe fez sentir-se orgulhoso?"
Deixo a pergunta no ar e divido a letra da canção com vocês!

Um abraço!



PROUD
[Header Small]

I look into the window of my mind
Reflections of the fears I know I've left behind
I step out of the ordinary
I can feel my soul ascending
I am on my way
Can't stop me now
And you can do the same

What have you done today to make you feel proud?
It's never too late to try
What have you done today to make you feel proud?
You could be so many people
If you make that break for freedom
What have you done today to make you feel proud?

Still so many answers I don't know
Realise that to question is how we grow
So I step out of the ordinary
I can feel my soul ascending
I am on my way
Can't stop me now
And you can do the same

What have you done today to make you feel proud?
It's never too late to try
What have you done today to make you feel proud?
You could be so many people
If you make that break for freedom
What have you done today to make you feel proud?

We need a change
Do it today
I can feel my spirit rising
We need a change
So do it today
'Cause I can see a clear horizon

What have you done today to make you feel proud?
So what have you done today to make you feel proud?
'Cause you could be so many people
If you make that break for freedom
So what have you done today to make you feel proud?
What have you done today to make you feel proud?
What have you done today
You could be so many people?
Just make that break for freedom

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Mais músicas

Olha como as coisas se completam...
A controvesra Teoria de Tudo mais uma vez entrou em ação comprovando para mim que todas as coisas estão dimensionalmente interligadas...
Nessa semana passei para dois alunos uma música relativamente antiga gravada originalmente por Chrystian e Ralf, que tem como título "Saudade".
Fazia tempo que não a cantava nem tocava e pude fazer isso repetidas vezes durante a aula. Como é uma música que eu gosto, pensei em postá-la um dia desses...
Ao entrar no blog do meu amigo irmão Antônio, qual a minha surpresa?
Ele descobriu num outro blog (Kari) que hoje é o dia da saudade...
Logo, o dia certo para postá-la é hoje...

Um abraço!

(clique para ver o vídeo no You Tube,
apresentação com playback, fingindo que é ao vivo, mas isso é detalhe...)



SAUDADE
[Chrystian e Ralf]

Você sempre fez os meus sonhos
Sempre soube do meu segredo
Isso já faz muito tempo
Eu nem me lembro quanto tempo faz
O meu coração não sabe contar os dias
A minha cabeça já está tão vazia
Mas a primeira vez
Ainda me lembro bem
Talvez eu seja no passado mais uma página
Que foi do seu diário arrancada
Sonho, choro e sinto
Que resta alguma esperança
Saudade, quero arrancar essa página
Da minha vida

domingo, 27 de janeiro de 2008

O tamanho das pessoas

Olá!!!

Pra terminar bem o findi e começar bem a semana, uma bela mensagem do Shakespeare.
Sem mais delongas...
Um abraço!


O TAMANHO DAS PESSOAS
[William Shakespeare]

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento...

Uma pessoa é enorme para ti, quando fala do que leu e viveu, quando te trata com carinho e respeito, quando te olha nos olhos e sorri .

É pequena para ti quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho, o respeito, o zelo e até mesmo o amor

Uma pessoa é gigante para ti quando se interessa pela tua vida, quando procura alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto contigo. E pequena quando se desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos da moda.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas.

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande.
Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. O nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente torna-se mais uma.
O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande... é a sua sensibilidade, sem tamanho...

sábado, 26 de janeiro de 2008

A vida é curta demais

Ontem à noite fui na formatura de uma prima, tanto na cerimônia solene quanto na festa e achei tudo muito legal...
Por vários motivos. Em parte porque eu adoro formaturas (acho o momento único, uma conquista, um símbolo de vitória, mais bonito inclusive do que pomposos casamentos e fúteis bailes de debutantes...), em parte porque posso rever pessoas da minha família (alguns parentes não se vêem com freqüência) e, principalmente, porque a festa estava maravilhosa (comida boa e música boa) e pude ver meu pai numa situação bem tranqüila em termos de saúde psíquica... conversei com ele durante um bom tempo, achei-o mais sereno e parece-me que está conseguindo vencer seus conflitos internos. Deus permita que tudo isso continue acontecendo e que o ilustre cidadão realmente fique bom.
Dormi maravilhosamente bem, almocei com minha mãe, encontrei um balaio de conhecidos no restaurante (pessoas que não via há um bom tempo...), fui no supermercado e me peguei analisando a letra da música Life is too short, dos Scorpions (banda alemã que canta uma música cuja letra eu postei ontem) tocando no rádio...

O refrão dela diz que "eu corro porque a vida é curta demais..."
E vi que este refrão se adapta como uma luva para mim. Sei que ainda sou jovem, sei que mesmo jovem já tenho uma caminhada considerável em vários aspectos e sei também que é necessário continuar e ir além, provando para mim mesmo que é possível!
E que realmente tenho muitos planos e pressa para realizar todos eles.
É a corrida...
Deixo-lhes a letra da música para análise, se lhes for de interesse.

Um abraço!



LIFE IS TOO SHORT [Scorpions]

Have you ever seen the morning
When the sun comes up the shore
And the silence makes
A beautiful sound
Have you ever sat there waiting
For the time to stand still
For all the world to stop
From turning around

And you run
'Cause life is too short
And you run
'Cause life is too short

Have you ever seen the glowing
When the moon is on the rise
And the dreams are close
To the ones that we love
Have you ever sat there waiting
For heaven to give a sign
So we could find the place
Where angels come from

And you run
'Cause life is too short
And you run
'Cause life is too short
And you run
'Cause life is too short
And you run
'Cause life is too short

There's a time that turns
I'd turn back time
But I don't say I can
It only works if you believe in the truth
Well there's a time to live
And a time to cry
But if you're by my side
I will try to catch a star
I'll try to catch a star
Just for you

And I run
'Cause life is too short
And I run
'Cause life is too short
And I run
'Cause life is too short
And I run
'Cause life is too short

Too short
Too short
Life is too short

Too short
Too short
Life is too short

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Send me an angel

Olha, depois de uma semaninha turbulenta dessas eu já estava chamando o meu anjo também...
Agradeço a Deus porque posso trabalhar, mas posso admitir que às vezes cansa...
Por vários motivos pensei em olhar pra cima e cantar "here I am... will you send me an angel?"...

Neste momento meditativo/reclamatório/contemplativo, deixo a letra da música da banda alemã Scorpions, Send me an angel.

Abraço!

(Clique na imagem e veja o clipe no Youtube)



SEND ME AN ANGEL

Letra: Klaus Meine
Música: Rudolf Schenk

The wise man said just walk this way
To the dawn of the light
The wind will blow into your face
As the years pass you by
Hear this voice from deep inside
Its the call of your heart
Close your eyes and your will find
The passage out of the dark

Here I am
Will you send me an angel
Here I am
In the land of the morning star

The wise man said just find your place
In the eye of the storm
Seek the roses along the way
Just beware of the thorns

Here I am
Will you send me an angel
Here I am
In the land of the morning star

The wise man said just raise your hand
And reach out for the spell
Find the door to the promised land
Just believe in yourself
Hear this voice from deep inside
Its the call of your heart
Close your eyes and your will find
The way out of the dark

Here I am
Will you send me an angel
Here I am
In the land of the morning star

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Somos mucho más que dos

O título deste post faz parte do refrão de uma música que se chama "Te quiero", uma música de Nacha Guevara largamente difundida no meio coralístico e que, como toda canção de amor que se preze, é melequenta e bem querida.

Porém, aproveitei apenas o título, pois não é este o enfoque deste post. Ganhei de aniversário um livro com mensagens sobre amizade e que tem como título "Amigo: somos muitos, mesmo sendo dois". E achei tão belas a dedicatória e a introdução que achei por bem dividi-las com vocês.

Um abração!



"Aos amigos que emprestam vozes aos meus silêncios.

Martin Buber, grande nome da Filosofia Personalista, dizia que do encontro entre duas pessoas sempre nasce uma terceira.
A terceira pessoa é uma forma de derramamento de tudo o que nos sobra, e que pela força do encontro fazemos aflorar.
Esse é um princípio simples, por meio do qual podemos explicar as regras de nossos amores. O que gostamos uns nos outros é tudo aquilo que antes era solidão em nós e que depois, pela força do encontro, é iluminado, multiplicado e maravilhosamente partilhado.
Amigos são assim. São pessoas que se multiplicam.
A experiência poética de alguma forma também passa pela mesma regra dos encontros que multiplicam realidade.
O poeta, ao viver o assombro de tudo o que lhe encanta, amplia o que vê, e nisso está a grandeza de seu ofício. Aos poetas cabem a missão de dilatar os significados do mundo.
É nesse ponto que amigos e poetas são iguais. Ambos possuem o dom de retirar a vida da singularidade, tornando-a plural.
Que seja sempre assim: poetas e amigos sejam multiplicados, esparramados por todos os cantos do mundo."

[Fábio de Melo]

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Turbilhão de acontecimentos

Olá!

Bem, desde a última postagem, muita água passou por debaixo da ponte e vou tentar relatar o que houve.
Na quarta feira à noite reuni um grupo de amigos e colegas em alusão ao meu aniversário... (27º aniversário... tô sentindo que começou a andar mais rápido a passagem do tempo entre um e outro, mas isso é outra história...) O lugar escolhido foi uma cachaçaria e não preciso dizer que, mesmo sem exagerar, todos saíram de lá mais alegres do que vieram. Tinha karaokê, uma banda acompanhava, e o indivíduo que cantava tinha direito a um martelinho (da mardita mesmo...) e tinha que fazer a famosa dança do siri... pagação de mico total... mas valeu a pena! Adorei reunir o pessoal ali!

Quinta-feira retornei ao trabalho no banco. Nenhuma novidade (com exceção de um estagiário novo), tudo no mesmo lugar, tudo na santa rotina de sempre.
O clima de trabalho foi tranqüilo e o retorno também.

Sexta-feita no final do dia minha irmã começou a mudança dela... Mudança é aquilo, carregar, descarregar, empurrar, puxar, fazer força e tudo mais. No final da noite eu estava IMUNDO, e neste mesmo estado, acompanhei meu cunhado até o boteco mais próximo para comprar nossa janta (pois as comidas, a louça e as panelas ainda estavam dentro das caixas...) e, enquanto a dita cuja não vinha, tomamos 2 cervejas... não sou de beber muito, mas aquelas duas cervejas desceram tão bem... até a janta depois desceu melhor...
Sábado a confusão continuou, desta vez desmontando um armário, transportando-o utilizando meu pobre Uno Mille, descarregando-o abaixo de chuva forte e montando-o novamente. A operação toda levou um boooom tempo, e só a narração completa deste feito já bastaria para um post inteiro, mas o dia não foi tão simples... Fomos procurar um chaveiro para tirar as cópias das chaves do novo imóvel e, que surpresa, o pneu do carro havia furado... (ainda chovia) troquei o pneu em pouco mais de 2 minutos (sou craque nessa parte), fomos ao mercado onde tinha um chaveiro aberto e, logo após estacionar e sair do carro, consegui trancar meu carro com a chave dentro. Pela proximidade, fui a pé para casa (ainda chovia) e busquei minha chave reserva. Ao retornar para o mercado, meu cunhado ainda estava lá terminando as cópias das chaves. Decidi aproveitar o tempo e ir comprar algumas coisas pra janta daquela noite, porque o povo todo ia jantar na minha casa (ainda dava eco na geladeira e nos armários deles). Desisti ao ver o tamanho da fila do caixa daquele estabelecimento. E a história seguiu conosco indo em outro supermercado, em seguida fomos na borracharia, busquei minha irmã no apê novo e fomos para minha casa. Lá, enquanto minha mãe providenciava o rango, tomei aquele banho, troquei de roupa e aí sim, estava em forma de gente outra vez.



Coisas da vida... Mas tudo bem.
Ontem fez 18°C à noite e, por isso, dormi muito bem... agora verei o que o dia me reserva.

Um abração a todos.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Muitas coisas

Bom, desde a semana passada muitas coisas aconteceram. Felizmente todas boas.
Ainda no meu período de férias fui para a Praia da Caçamba, em Araranguá (SC), onde mal pega celular. Foram 3 dias bem legais... comer dormir e curtir a praia. No dia seguinte à volta dessa praia, fui assistir um showzaço da Cia. Filarmônica de São Paulo, que estiveram aqui fazendo uma magnífica apresentação: um quarteto de cordas acompanhava uma banda ótima e tocaram só Beatles, uma música melhor do que a outra...
Depois da apresentação, fui à praia de Mariluz e passei o findi lá na casa de uma baita amiga. Muito ócio e conversa jogada fora. À noite fomos num pub bem legal e a banda que tocou era bem boa (Garotos da Rua)... pra melhorar, a banda Acústicos e Valvulados, que estava numa apresentação numa cidade próxima, foi parar neste pub e cantou várias músicas com a outra banda... muito tri... Não entrei no mar, porque não deu praia nenhum dia. Pra não dizer que não me molhei, eu molhei os pés numa caminhada domingo de manhã... Voltei domingo de tarde.
Segunda feira retornei ao trabalho na escola de música à noite.
No meio disso tudo ainda organizei meu aniversário (que é hoje), troquei a surdina do meu carro, fui no médico (tirei raio X da fuça e fui no médico de novo entregar pra ver se passa no controle de qualidade), recebi uma dupla de técnicos para instalar o meu maravilhoso ar condicionado, visitei minha avó, fui ao novo apartamento da minha irmã e furei as paredes com a furadeira (para a secadora de roupas, para os quadros, um enfeite de teto, a sanfona para as roupas, os porta cortinas, etc., transformando umas paredes lindas numa peneira...), fui pro yoga, tomei um banho de chuva maravilhoso e agora vou pra minha festa de aniversário.
Ah... aniversário é tudo de bom... a caixa de emails bombando, o telefone toca sem parar (seja para mensagens ou seja para ligações mesmo) e os scraps do orkut se multiplicam assustadoramente.



Bom, é isso. Amanhã retorno ao trabalho no banco.
Mas afirmo categoricamente que aproveitei bem minhas férias. Mesmo com os dedos na tomada...

Um abração!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Sem comentários...

Tem gente que curte o calor?
Que diz que ama o verão?
Fazem propagandas da estação "mais esperada do ano"...
Analisem a imagem abaixo:



Não, não é para reparar na propaganda, pois não faço a menor idéia do que trata o reclame vermelho berrante, o que quero que fique bem claro é a obscena temperatura que o termômetro marca. São 41°C!!! Algumas proteínas do corpo começam a se solidificar com esta temperatura, de maneira análoga a uma clara de ovo...

Esta foto foi tirada por mim mesmo, por volta das 16h do dia de hoje, no centro de Novo Hamburgo, minha cidade natal.
Não há nada que explique o mal estar causado pela exposição a uma temperatura deste calibre.
Não gosto de calor, não gosto do verão e ainda menos de verões tórridos.
Para piorar a situação, ainda ouvi da boca de uma moça de Pernambuco que ela nunca tinha visto um calor assim na terra dela... é mole? Sim, porque calor com umidade e sem vento é um conjunto de condições que privilegia apenas a nossa região, ainda mais com a camada de ozônio tão fina (ou até inexistente).

Adoradores do calor, tenho dúvidas em dizer-lhes "deliciem-se com o calor" ou "queima eles, Senhor!". Prefiro não dizer mais nada...

domingo, 6 de janeiro de 2008

Percepções

Olá!

Num mundo globalizado, onde temos mais acesso a informações, cada vez mais temos percepções diferentes acerca das pessoas e das coisas. (Às vezes me pergunto se isso é bom ou se é ruim, mas vou deixar a parte filosófica para outra ocasião). Tudo aquilo que é diferente nos chama mais a atenção e é sempre mais fácil condenar, rejeitar ou simplesmente ignorar aquilo que "destoa" do meu modo de pensar.
Antes de mais nada, deixo claro que não estou falando de discriminação, de minorias sociais, nada disso. O que quero trazer à tona para discussão é o que se pode aprender com a individualidade de cada um. Todos nós somos pessoas diferentes umas das outras e a beleza da convivência em grupo está justamente em poder aprender com o outro, na sua maneira de desempenhar suas tarefas, na sua sabedoria de vida, nas vivências que teve.



Há uns 4 ou 5 anos atrás eu assisti uma palestra sobre intercâmbio e o palestrante contou um pouco da história do intercâmbio. A idéia é genial e assustadoramente simples: uma pessoa, indignada com a quantidade de guerras no mundo pensou que a causa desses conflitos fosse justamente porque um povo não conhecia a cultura do outro. E se houvesse a possibilidade de enviar pessoas de um país para o outro, com o objetivo exclusivo de conhecer a cultura daquele lugar, ao retornar ao seu país de origem, certamente essas pessoas teriam uma outra visão de mundo e poderiam contribuir para a diminuição das guerras e quem sabe atingir o sonho de qualquer miss: a paz mundial.
Pensando dentro do nosso microcosmo, a mesma idéia poderia ser aplicada de uma maneira ainda mais simples: deveríamos passar mais tempo com as pessoas tentando aprender com elas e não rivalizando com elas. E muitas vezes esta rivalidade nasce sem fundamento nenhum, afinal, se eu não conheço meu colega, como posso falar mal dele?
Essa imagem lhes é familiar?
E se tentássemos realizar mini intercâmbios virtuais dentro de nossos próprios círculos de afeto, de amizade, de estudo ou de trabalho? Certamente aprenderíamos muito.
Einstein já dizia que "O ser humano vivencia a si mesmo e seus pensamentos, como algo separado do resto do universo numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é um tipo de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto apenas pelas pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão ampliando nosso círculo de compaixão para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá atingir completamente este objetivo mas, lutar pela sua realização, já é por si só parte de nossa libertação e do alicerce de nossa segurança interior."
Vejam como o raciocínio é o mesmo...
Li em algum lugar que "percepção acerca de algo requer envolvimento com ele".
Se extrapolarmos nossa pesquisa para qualquer grande líder humanitário, como Ghandi, Krishnamurti, Cristo, Kardec, Buda, Shiva... veremos que o conhecimento a respeito do outro é sempre uma peça importante para que possamos aprimorar o que sabemos sobre nós mesmos.
Não é fácil, pois é preciso abandonar minha zona de conforto e remodelar conceitos que já estavam pra lá de solidificados...
O que posso dizer a vocês é que estou tentando fazer a minha parte. Sei que é complexo e que demanda muito tempo e energia, mas sei que vale a pena.

Um abração!