terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Somos mucho más que dos

O título deste post faz parte do refrão de uma música que se chama "Te quiero", uma música de Nacha Guevara largamente difundida no meio coralístico e que, como toda canção de amor que se preze, é melequenta e bem querida.

Porém, aproveitei apenas o título, pois não é este o enfoque deste post. Ganhei de aniversário um livro com mensagens sobre amizade e que tem como título "Amigo: somos muitos, mesmo sendo dois". E achei tão belas a dedicatória e a introdução que achei por bem dividi-las com vocês.

Um abração!



"Aos amigos que emprestam vozes aos meus silêncios.

Martin Buber, grande nome da Filosofia Personalista, dizia que do encontro entre duas pessoas sempre nasce uma terceira.
A terceira pessoa é uma forma de derramamento de tudo o que nos sobra, e que pela força do encontro fazemos aflorar.
Esse é um princípio simples, por meio do qual podemos explicar as regras de nossos amores. O que gostamos uns nos outros é tudo aquilo que antes era solidão em nós e que depois, pela força do encontro, é iluminado, multiplicado e maravilhosamente partilhado.
Amigos são assim. São pessoas que se multiplicam.
A experiência poética de alguma forma também passa pela mesma regra dos encontros que multiplicam realidade.
O poeta, ao viver o assombro de tudo o que lhe encanta, amplia o que vê, e nisso está a grandeza de seu ofício. Aos poetas cabem a missão de dilatar os significados do mundo.
É nesse ponto que amigos e poetas são iguais. Ambos possuem o dom de retirar a vida da singularidade, tornando-a plural.
Que seja sempre assim: poetas e amigos sejam multiplicados, esparramados por todos os cantos do mundo."

[Fábio de Melo]

Um comentário:

Antônio Dutra Jr. disse...

Deve ser por isso que, quando nos encontramos, parece que tem um turbilhão de gente falando, né...
Muito bom, gostei da visão do cara. O livro deve ser ótimo.

Abração, mano!