terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Meus amigos!

Olá!

Num período meio nebuloso que passo, resolvendo conflitos internos e externos, deixo a vocês um texto que trata do mais nobre dos sentimentos: a amizade.
Mais do que paixões e amores, tenho em meus amigos o meu oásis, o meu porto seguro.
Agradeço a Deus por cada um deles e pela importância que eles têm na minha vida, cada um da sua maneira.

Um baita abraço!


ENTRE AMIGOS
[Martha Medeiros, ZH, 12 de abril de 1999]

Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.

Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo construído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos.

Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.

Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.

Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o réveillon.

Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.

Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.

Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.

3 comentários:

Marcus Vinícius disse...

Eu posso dizer que tenho amigoS assim. Duas dúzias não, mas o suficiente pra dizer amém.
E nem preciso dizer que tu é um deles, né Jader? E ai de ti se duvidar.

E agora eu tava vendo, das coisas que diz no texto que amigos devem fazer, só não fizemos as que realmente são impossíveis (passar uma cola, por exemplo, nunca mais: o mais perto que vamos chegar de estar numa sala de aula ao mesmo tempo vai ser tu sendo professor e eu aluno, então vai ser difícil tu me passar cola ou o contrário).

Maninho, só não respondi antes por que eu estava fora do ar (dormindo) e tenho agora que acostumar o meu corpo ao novo horário, acordando cedo e dormindo cedo, ou acordando cedo e dormindo tarde e à tarde etc.

As aulas começam amanhã, ;)

Abração, mano velho!

Antônio Dutra Jr. disse...

Eu tenho um: chama-se Jader Bernardes.

Amém!

PS: Recebeu meu imeil te convidando pra jogar conversa fora amanhã?

Anônimo disse...

falou e disse, Jáder. E também ninguém aguentaria uma dúzia de amigos assim sem tentar o suicídio...
Bom sábado!