domingo, 25 de novembro de 2007

Peças soltas

Pois o dono deste blog precisava escrever algo e não sabia o quê.
Depois de participar de um almoço de família, fuçar no orkut, responder alguns emails, ouvir música, ler algumas coisas no jornal e nas manchetes dos sites por onde passei, continuo não sabendo, mas pelo menos algumas peças soltas vão ser deixadas, esperando que quem as leia saiba onde encaixá-las.

Cientistas dizem que uma mente bem estimulada pode sobreviver mais tempo e evitar doenças degenarativas, como o Alzheimer.



Ótimo, isso é muito bom saber. E temos que fazer nossa massa cinzenta trabalhar desde cedo, pois tudo o que podemos fazer com antecedência funciona mais e melhor do que tentar resolver com tratamentos e drogas que não terão efeito retroativo e só amenizarão os problemas que já existem. O que pode ser feito? Nenhuma novidade: cuidar da mente, do corpo e do coração em proporções iguais. Pessoas com hábitos saudáveis de vida, que lêem, exercitam suas mentes, mantêm boas amizades, relações afetivas e familiares e têm pensamento positivo acerca das suas vidas (como é o meu caso), têm muito mais chances de ser felizes e de evitar problemas tão nocivos como esses.

O comércio anuncia que o Natal chegou...



Isso também não é novidade... o que me encanta é que o mesmo comércio que tem o poder de decretar que o Natal começa no final de outubro não tem o poder de despertar nos infelizes o tal do espírito natalino... As lojas ficam carregadas de enfeites, faixas, cartazes, avisos, letreiros luminosos, luzinhas, pinheirinhos... é tanto estímulo que cansa os olhos... (será que esse estímulo também ajuda a evitar doenças degenerativas? seria um tratamento alternativo passear no shopping num dia de extremo movimento com uma pessoa com Alzheimer?)
Eu entendo que o mundo gira em torno do dinheiro, que o comércio precisa sobreviver, que as pessoas têm desejos e sonhos de consumo e querem realizar estes desejos... mas tudo tem limites...
Da mesma maneira que eu acredito ser importante ter um dia como o Dia de Ação de Graças (onde oficialmente nós paramos e agradecemos por tudo o que temos, somos e fazemos), mas que é necessário fazer desta reflexão um exercício diário, o tal do espírito natalino deveria ser algo exercitado em todos os momentos...
Longe de qualquer credo ou religião, se formos analisar de uma maneira mais ampla, com ou sem menino Jesus, todas as religiões visam um objetivo comum na sua essência, seja cristianismo, hinduísmo, espiritismo, islamismo, judaísmo, budismo, taoísmo... que é justamente cultivar os exercícios diários do perdão, da amorosidade, da compaixão, da tolerância, da honestidade, da partilha, com vistas a melhorar nossa passagem por este lugar e a de todas as pessoas com quem convivemos.
É simples? Claro que não, porque dói, incomoda, tenho que sair da minha acomodação e reconhecer falhas, medos, incertezas, inseguranças, mágoas, ressentimentos, amarguras, aprender a dividir, perdoar e ser perdoado, amar, retribuir, dar sem esperar retorno...
Se paramos para pensar, quantas vezes realmente nós fizemos nossa lição de casa? Também me condeno por alguns aspectos, mas tenho a certeza de que não sou o único que precisa melhorar...

O ciclone "Sidr" atingiu Bangladesh e uma parte da Índia e já matou mais de 10.000 pessoas.



É incrível que mesmo ao ler manchetes como esta e outras tantas que assolam diversas partes do planeta os brasileiros que somos ainda não soubemos agradecer pela terra abeçoada que temos:
- não temos terremotos;
- não temos nevascas;
- não temos ciclones nem furações;
- não temos vulcões;
- não temos tsunamis;
- não temos maremotos;
- temos o maior depósito de água doce potável do mundo;
- temos uma natureza maravilhosa.
Há problemas? Muitos! Mas que são passíveis de solução. Já não me importo com a corrupção porque ela existe em todos os países. Estou fazendo a minha parte no momento em que voto em algum candidato e cobro dele se ele for eleito. Ou também estou fazendo a minha parte não votando em ninguém porque não há candiatos com o calibre que julgo necessário para que o jogo vire a nosso favor.
O que resta para as pessoas de uma região que foi brutalmente devastada por um fenômeno intempérico tão extremo? O que pensam estas pessoas, atingidas por algo de que não têm culpa (não diretamente, é claro, mas normalmente as regiões afetadas por fenômenos climáticos extremos são regiões que não contribuem ou contribuem muito pouco na emissão de poluentes, no desmatamento e no extermínio de espécimes)? Vi uma foto chocante de uma família indiana levando o corpo de uma criança vítima do ciclone Sidr para seu ritual fúnebre... qual o consolo para uma família assim?

Almoço de família


Hoje participei de um almoço que reuniu os membros da minha família, das suas diversas ramificações e foi muito bom... mesmo não sabendo o que iria acontecer, sabia que, além da ótima comida, poderia encontrar pessoas que só vemos infelizmente me situações de enterros e velórios. Não estou sendo sarcástico, pessimista ou negativo, mas é que realmente nos enclausuramos dentro de nossas agendas (a minha é sempre algo...) e negligenciamos a uma das coisas que sempre pode nos dar suporte e nos proporcionar ótimos momentos: a nossa família. Revi meus tios, revi quase todos os meus primos, os filhos deles que nasceram e ainda não conhecia e a energia que rola nestes eventos é sempre muito boa.

Enfim, sigo o meu caminho e agradeço pela bela terra onde nasci, esse céu azul, esse ar ainda puro e pelas belas paisagens que contemplo quando passeio (mesmo que seja dentro da cidade), agradeço pela família onde nasci e pela família que pude escolher (que são os meus amigos), agradeço pela saúde que tenho e pelas oportunidade que tenho para cuidar dela, farei compras de natal, mas serei consciente como sempre, e tentarei exercitar meu espírito de humanidade como estou tentando todos os dias.
Acho que é isso. Se eu precisar escrever mais, outro post será feito.

Um abraço e ótimo início de semana!

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